segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Ser mãe é assustador!!!!!!!!!!

Meu Deus!!!! Sou mãe!!!!!!! Que medo!!!!!!!!!
Esse é o meu sentimento, medo. São tantos os medos, que não faço ideia de por onde começar.
Tenho 35 anos e sou mãe de um menino lindo de 2 meses e 9 dias chamado Enzo, não sei exatamente como tudo isso aconteceu, ou melhor, eu sei exatamente como isso aconteceu, mas não sei ao certo se eu estava preparada para esse presente.
Engravidar não foi um acidente, eu queria ter um filho, mas acho que eu não sabia o que aconteceria depois, passei a minha vida inteira achando que eu não havia nascido para ser mãe, que esse tal de instinto materno não existia na minha pessoa e que não seria mãe, por opção, porém, de uma hora para outra, me ví querendo ter um filho, fazendo planos e em pouco tempo, estava gravida. Posso garantir que esses nove meses foram uma confusão enorme para a minha cabeça e os meus sentimentos, umas horas estava feliz, outras estava triste e a maior parte do tempo, eu estava confusa.
Quando cheguei a maternidade, acho que a minha ficha ainda não havia caído, enquanto todos estavam descabelados na recepção, eu estava super calma aguardando a minha cirurgia. Enfim, a tão esperada hora chegou, quando ví o meu filho pela primeira vez, não pude me conter, chorava feito criança, não podia acreditar que aquela coisa linda, havia saído da minha barriga, foi mágico e assustador ao mesmo tempo, agora eu tinha uma vida em minhas mãos, eu era inteiramente responsável por alguém, logo eu, que nunca fui responsável nem por mim mesma. Amamentei aquele serzinho pela primeira vez, não consigo descrever o que senti ao fazer isso, o tempo foi passando, saimos da maternidade e fomos pra casa, lá, os medos e as duvidas aumentaram, os pitacos, as visitas e a minha impaciência, também aumentaram, foram momentos de muito estresse, a ficha finalmente tinha caído e por alguns momentos, parece que meu mundo também caia. passaram-se dois meses e as vezes, me pego pensando se eu amo o meu filho o suficiente, se eu saberei educa-lo, se eu terei paciência, o que eu confesso, as vezes me faltar.
A minha maior preocupação está ligada ao que falei no inicio desse post, será que eu nasci para ser mãe? Será que tenho o tal instinto materno?
Continua...

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Ausência de tudo

Já não vou mais  me desculpar pela ausência e nem mesmo dizer que vou tentar manter o blog atualizado, pois não consegui cumprir as promessas anteriores e não acredito que conseguirei dessa vez. Estou tendo uma tal  de síndrome da página em branco, (descobri isso no google) olho para a página por horas e ela continua em branco, tento escrever alguma coisa, mas nada faz sentido e na maioria das vezes nem mesmo sei por onde começar, o estranho é que tem tantas coisas novas acontecendo na minha vida, coisas boas, coisas nem tão boas e coisas ruins, estou aprendendo a lidar com sentimentos que antes eu desconhecia e descobri que posso sentir coisas que jamais imaginei que sentiria. São tantas as mudanças, que inspiração não deveria faltar. Mas de alguma forma, acho que essas mudanças não estão relacionadas, parecem ser independentes, mesmo sabendo que isso não é possível, já que tudo isso é a minha vida, mas não consigo estabelecer uma conexão para que isso seja descrito em palavras. As vezes penso que não sou capaz de estabelecer uma coerência entre os fatos da minha vida porque eles realmente não podem coexistir, são sentimentos conflitantes, situações antagônicas que não deveriam estar acontecendo ao mesmo tempo e muito menos em uma mesma cabeça, ou não na minha cabeça.  Será que eu preciso desconstruir para só depois construir tudo outra vez? Todos os cômodos da vida em seus devidos lugares? Será???

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

O menino do pijama listrado

O primeiro dos cinco livros adquiridos na Bienal. Confesso ter ficado durante algum tempo, alheia a qualquer comentário sobre literatura ou coisas do gênero, me alienei voluntariamente. 
Quando comprei o livro, sabia que já tinha escutado algo a respeito, mas não me lembrava exatamente o que tinha escutado, se era bom ou ruim, não fazia ideia,  nessa idade os neurônios já não estão mais tão espertos, estão mais dispersos e solitários, assim como nós. Resolvi ler a orelha, procurando alguma dica ou informação e para a minha surpresa, não havia nada, além de que era melhor ler sem saber nada sobre a trama, e assim o fiz, comecei a ler sem saber absolutamente nada.
Livro pequeno e de leitura fácil, comecei e não parei até a ultima página, foram menos de 24 horas para chegar ao final. Confesso que durante quase todo o livro, fiquei esperando algo acontecer, uma emoção mais forte. Não estou dizendo que a relação de amizade não seja forte, não seja bela, mas sabia que tinha que acontecer alguma coisa, não seria só isso. Até que cheguei aos últimos capítulos. De forma inesperada, me senti tomada por arrepios que iam dos pés a cabeça, falava sozinha enquanto lia, a frase "isso não vai dar certo" foi repetida inúmeras vezes. Como eu já havia previsto e dito em alto e bom som, a aventura não deu certo (quem já leu sabe do que estou falando e quem não leu, leia sem saber nada). Fim, ultimo capítulo, informações sobre o autor e eu, não conseguia falar uma palavra, mal respirava, fiquei absolutamente muda diante de tal desfecho (quem me conhece sabe o quanto é difícil me deixar muda). Confesso que ainda não tenho palavras pra expressar o que senti naquele final, então vamos deixar pra lá. 
Posso dizer que gostei muito do que li e já estou pronta para o próximo que será "O animal agonizante" de Philip Roth.
Coincidência ou não, os dois livros viraram filmes, O menino do pijama listrado eu acabei de assisti, não vou fazer comentários, pois deixarei essa parte para outro post. Fatal, eu ainda não vi e como de costume, vou assistir assim que acabar de ler. Aguardem um post sobre filmes x livros, mas não esperem boas críticas...

Efeitos da XV Bienal do Livro 2011

Fui convidada para trabalhar durante a XV Bienal do Livro do Rio de Janeiro, aceitei logo de cara, pensei, que bom seria, livros e mais livros a minha disposição e o melhor ainda seria ter dinheiro para comprá-los... Tamanha foi a minha inocência ao pensar que teria tempo para visitar os 3 pavilhões repletos de editoras e livrarias, havia feito uma espécie de promessa, que voltaria a ler com mais frequência e que compraria pelo menos oito livros até o fim da Bienal. Ledo engano, diariamente chegava ao local na hora da abertura do evento e saia quase na hora do encerramento. Até teria tempo de vasculhar tudo na hora da saída, mas meus pés e pernas não atendiam aos apelos do meu cérebro ansioso por conhecimento e insistiam em travar. Em resumo, até o penúltimo dia de feira, tinha conseguido visitar apenas um, dos  três pavilhões existentes e comprado apenas dois livros.

Não sei se por sorte ou a falta dela, no último dia do evento, tive uma inflamação do nervo ciático, o que me deixou com uma dor terrível e quase sem poder me mexer. Acho que a dor estampada no meu rosto estava assustando os clientes, tanto que fui dispensada quatro horas antes do encerramento oficial. Apesar da dificuldade de locomoção, passei pelo pavilhão azul, onde ficavam as maiores editoras e livrarias, entre tapas, pontapés, empurrões e outras cordialidades mais, consegui comprar  mais alguns títulos, avaliando tudo, até que o saldo foi positivo, uma inflamação no ciático e cinco, dos oito livros prometidos.
Vou tentar postar uma crítica pessoal dos livros que comprei. a começar pelo "O menino do pijama listrado" que devorei em menos de 24 horas e ainda resolvi assistir ao filme logo em seguida... Sempre odeio filmes tirados de livros, mas isso eu deixo para o post do livro que publicarei amanhã.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Um rascunho antigo, mas o tema nunca foi tão atual... Será o acaso???


Como conseguir viver sem acreditar que o amor existe e que um dia teremos a sorte de encontra-lo?
Há quem não acredite no amor, há quem diga que isso é coisa de conto de fadas ou romances do cinema. Há quem ache que o amor fraternal é suficiente e que nenhum outro amor lhe fará falta ao longo de sua vida. Eu nunca pensei assim, sempre sonhei em encontrar um amor, acho que a maioria sonha com isso, em um dia encontrar a pessoa que poderá chamar de "alma gêmea", a pessoa que ficará com você até o fim dos seus dias, enfim um amor.
Esses pensamentos fizeram com que minha mente formulasse uma série de questionamentos quanto a existencia ou não do amor...


Tentando retomar as postagens do blog, encontrei esse rascunho, iniciado em abril de 2008, onde eu questionava a existência do amor verdadeiro, acho que já dava pra imaginar que eu ainda não o havia encontrado, mas que buscava insessantemente, foi justamente quando parei de procurar, que descobri que esse amor existia, sim encontrei e comecei a entender muita coisa a respeito de muita coisa, coisas que eu ouvia e não dava muita atenção, sofrimentos desnecessários que causei, como fiz sofrer alguém que só me deu amor, esse amor verdadeiro que eu nunca havia conhecido. Revivi tantas coisas, tantos sentimentos, reví tantas lágrimas que foram derramadas por minha causa, por causa da minha falta de consideração e finalmente entendi o que significa a frase "não faça com os outros, o que você não gostaria que fizessem com você". Talvez tenha descoberto tarde demais, ou talvez tenha sido a hora certa, isso não posso afirmar. mas tenham certeza de que o amor verdadeiro dói demais, gostei de tê-lo encontrado, gostei de tê-lo vivido, pois foi graças a esse amor (que ainda não acabou) que descobri que posso sim, ser melhor do que sempre fui, que tenho um "coração" que funciona perfeitamente, que não é feito de pedra, que sente, sofre, dói, como qualquer outro.
Enfim, estou feliz por sentir, achei que não fosse capaz...

segunda-feira, 30 de março de 2009

Um retorno, ou mais ou menos isso...




Depois de muitos meses sem postar nada, depois de ter praticamente abandonado o circo, admito que abandonei o blog, tento justificar o abandono com a dificuldade de leitura que venho enfrentando nos últimos tempos, estou ficando velha, já não consigo mais viver sem os benditos óculos, mas esse problema tem data marcada para ser solucionado mas e a inspiração? Será que vai chegar? Enquanto ela não vem, deixo um trecho que pode falar muito sobre o que sinto, não apenas nesse momento, mas acho que, por toda a minha vida.


Muitas saudades de todos, saudades da minha terra, saudades do verdadeiro circo...



Dialética

É claro que a vida é boa
E a alegria, a única indizível emoção
É claro que te acho linda
Em ti bendigo o amor das coisas simples
É claro que te amo
E tenho tudo para ser feliz
Mas acontece que eu sou triste...

Vinicius de Moraes

SARAVÁ

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

As paixões




Eu não sei se isso é apenas mais uma das minhas fantasias, mas sinto que quando não estou apaixonada, os dias não têm a mesma cor, o azul do céu não é tão azul quanto deveria ser, a chuva fina do fim da tarde não exala aquele odor gostoso de terra molhada, nada tem graça, até as coisas que supostamente são prazerosas, não tem o mesmo sabor. É uma sensação estranha, um vazio estranho, parece que a realidade das coisas não é tão bela e o olhar apaixonado muda tudo.
Pra falar a verdade, eu nunca havia me apaixonado de verdade, tinha um certo medo de me entregar, portanto nunca havia sentido o coração bater tão forte por alguém, nunca havia perdido a noção do tempo só por estar perto, e depois de ver os primeiros raios de sol, perceber que havia passado a noite acordada, só contemplando a beleza do rosto de uma pessoa, que naquele momento significava tudo pra mim, confesso que achava um certo exagero.
Não estou falando de amor, falo claramente da paixão, aquele sentimento avassalador que nos domina em pouco tempo e faz com que voltemos a infância, faz com que façamos coisas que certamente teremos uma enorme vergonha depois que isso tudo passar.
Analisei a minha primeira paixão como se não tivesse acontecido comigo, como se eu não fosse eu e sim alguém que assistiu a tudo de fora, mas sabendo de todos os detalhes, do início ao fim. Ao fazer isso, percebi que a paixão é uma espécie de insanidade temporária, nos perdemos no meio de tantos sonhos e planejamentos, como se aquela pessoa fosse ser a pessoa com quem ficariamos pro resto da vida, as vezes pode até acontecer, mas definitivamente não foi o meu caso, doeu quando chegou ao fim, mas como eu disse, é uma insanidade temporária, temporária porque ela inevitavelmente chega ao fim, então entramos no periodo em preto, branco e escalas de cinza da vida, até que "Voi lá" perdemos a sanidade mais uma vez, estamos apaixonados, voltam as cores, os cheiros os sabores... E assim vamos tentando viver a vida, na loucura eterna da paixão. não importa se nos apaixonamos por uma pessoa diferente a cada paixão ou se nos apaixonamos várias vezes pela mesma pessoa, o que importa de verdade é estarmos apaixonados!!!